1. Leia os textos para responder a respectiva questão.

Texto 1

Pessoas e sociedades

Pessoa, no seu conceito jurídico, é todo ente capaz de direitos e obrigações. As pessoas podem ser físicas ou jurídicas.

Pessoa física - É a pessoa natural; é todo ser humano, é todo indivíduo (sem qualquer exceção). A existência da pessoa física termina com a morte. É o próprio ser humano.

Sua personalidade começa com o seu nascimento (artigo 4º do Código Civil Brasileiro). No decorrer da sua vida, a pessoa física constituirá um patrimônio, que será afastado, por fim, em caso de morte, para transferência aos herdeiros.

Pessoa jurídica - É a existência legal de uma sociedade, associação ou instituição, que aferiu o direito de ter vida própria e isolada das pessoas físicas que a constituíram. É a união de pessoas capazes de possuir e exercitar direitos e contrair obrigações, independentemente das pessoas físicas, através das quais agem. É, portanto, uma nova pessoa, com personalidade distinta da de seus membros (da pessoa natural). Sua existência legal dá-se em decorrência de leis e só nascerá após o devido registro nos órgãos públicos competentes (Cartórios ou Juntas Comerciais).

POLONI, A. S. Disponível em: http://uj.novaprolink.com.br. Acesso em 30 ago. 2011. (Adaptado.)

Texto 2


Os textos 1 e 2 tratam da definição de pessoa física e de pessoa jurídica. Considerando sua função social, o cartum faz uma paródia do artigo científico, pois

a) explica o conceito de pessoa física em linguagem coloquial e informal.

b) compara pessoa física e jurídica ao explorar dois tipos de profissão.

c) subverte o conceito de pessoa física com uma escolha lexical equivocada.

d) acrescenta conhecimento jurídico ao definir pessoa física.

e) complementa as definições promovidas por Antonio Poloni.


2. ENEM.


MORUMBI PRÓXIMA AO COL. PIO XII

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Folha de São Paulo. Classificados, 27 fev. 2012. (Adaptado.)

Os gêneros textuais nascem emparelhados a necessidades e atividades da vida sociocultural. Por isso, caracterizam-se por uma função social específica, um contexto de uso, um objetivo comunicativo e por peculiaridades linguísticas e estruturais que lhes conferem determinado formato. Esse classificado procura convencer o leitor a comprar um imóvel e, para isso, utiliza-se

a) da predominância das formas imperativas dos verbos e de abundância de substantivos.

b) de uma riqueza de adjetivos que modificam os substantivos, revelando as qualidades do produto.

c) de uma enumeração de vocábulos, que visam conferir ao texto um efeito de certeza.

d) do emprego de numerais, quantificando as características e aspectos positivos do produto.

e) da exposição de opiniões de corretores de imóveis no que se refere à qualidade do produto.

3. (Unesp-SP)

O defunto dominava a casa com a sua presença enorme. Anoitecia, e os homens que cercavam o morto ali na sala ainda não se haviam habituado ao seu silêncio espesso.

Fazia um calor opressivo. Do quarto contíguo vinham soluços sem choro. Pareciam pedaços arrancados dum grito de dor único e descomunal, davam uma impressão de dilaceramento, de agonia sincopada.

As velas ardiam e o cheiro da cera derretida se casava com o perfume adocicado das flores que cobriam o caixão. A mistura enjoativa inundava o ar como uma emanação mesma do defunto, entrava pelas narinas dos vivos e lhes dava a sensação desconfortante duma comunhão com a morte. O velho calvo que estava a um canto da sala, voltou a cabeça para o militar a seu lado e cochichou:

— Está fazendo falta aqui é o Tico, capitão.

O oficial ainda não conhecia o Tico. Era novo na cidade. Então o velho explicou. O Tico era um sujeito que sabia animar os velórios, contava histórias, tinha um jeito especial de levar a conversa, deixando todo o mundo à vontade. Sem o Tico era o diabo... Por onde andaria aquela alma?

Entrou um homem magro, alto, de preto. Cumprimentou com um aceno discreto de cabeça, caminhou devagarinho até o cadáver e ergueu o lenço branco que lhe cobria o rosto. Por alguns segundos fitou na cara morta os olhos tristes. Depois deixou cair o lenço, afastou-se enxugando as lágrimas com as costas das mãos e entrou no quarto vizinho.

O velho calvo suspirou.

— Pouca gente...

O militar passou o lenço pela testa suada.

— Muito pouca. E o calor está brabo.

— E ainda é cedo.

O capitão tirou o relógio: faltava um quarto para as oito.

VERÍSSIMO, Érico. Um lugar ao sol, 1978.


A força expressiva da locução “silêncio espesso” resulta do fato de o substantivo e o adjetivo

a) traduzirem conceitos religiosos.

b) produzirem uma reestruturação sintática do período.

c) apresentarem sentidos similares.

d) harmonizarem sensações agradáveis e desagradáveis.

e) associarem características sensoriais distintas.

4. ENEM

SE NO INVERNO É DIFÍCIL ACORDAR. IMAGINE DORMIR.

Com a chegada do inverno, muitas pessoas perdem o sono. São milhões de necessitados que lutam contra a fome e o frio. Para vencer esta batalha, eles precisam de você. Deposite qualquer quantia. Você ajuda milhares de pessoas a terem uma boa noite e dorme com a consciência tranquila.

Veja. 05 set. 1999 (adaptado).

O produtor de anúncios publicitários utiliza-se de estratégias persuasivas para influenciar o comportamento de seu leitor. Entre os recursos argumentativos mobilizados pelo autor para obter a adesão do público à campanha, destaca-se nesse texto

a) a oposição entre individual e coletivo, trazendo um ideário populista para o anúncio.

b) a utilização de tratamento informal com o leitor, o que suaviza a seriedade do problema.

c) o emprego de linguagem figurada, o que desvia a atenção da população do apelo financeiro.

d) o uso dos numerais “milhares” e “milhões”, responsável pela supervalorização das condições dos necessitados.

e) o jogo de palavras entre “acordar” e “dormir”, o que relativiza o problema do leitor em relação ao dos necessitados.

5. (Unicamp-SP)

As Ondas

Entre as trêmulas mornas ardentias,
A noite no alto-mar anima as ondas.
Sobem das fundas úmidas Golcondas,
Pérolas vivas, as nereidas frias:

Entrelaçam-se, correm fugidias,
Voltam, cruzando-se; e, em lascivas rondas,
Vestem as formas alvas e redondas
De algas roxas e glaucas pedrarias.

Coxas de vago ônix, ventres polidos
De alabastro, quadris de argêntea espuma,
Seios de dúbia opala ardem na treva;

E bocas verdes, cheias de gemidos,
Que o fósforo incendeia e o âmbar perfuma,
Soluçam beijos vãos que o vento leva...

BILAC, Olavo. Tarde. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1919, p.48.

Em relação ao soneto de Olavo Bilac (no contexto de sua época), é correto afirmar que a seleção lexical favorece a

a) descrição objetiva que o eu lírico faz da fantasia amo- rosa recorrendo à riqueza mineral dos oceanos.

b) representação estética que o eu lírico faz do desejo amoroso associado a fenômenos naturais.

c) descrição científica que o eu lírico faz do corpo feminino recorrendo a fenômenos da natureza.

d) representação natural que o eu lírico faz do jogo de sensualidade associado à mitologia grega.


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