Leia o texto a seguir e resolva as questões propostas.

Burocratas cegos

A decisão, na sexta-feira, da juíza Adriana Barreto de Carvalho Rizzotto, da 7ª Vara Federal do Rio, determinando que a Light e a Cerj também paguem bônus aos consumidores de energia que reduziram o consumo entre 100 kWh e 200 kWh fez justiça. A liminar vale para todos os brasileiros. Quando o Governo se lançou nessa difícil tarefa do racionamento, não contou com tamanha solidariedade dos consumidores.

Por isso, deixou essa questão dos bônus em suspenso. Preocupada com os recursos que o Governo federal terá que desembolsar com os prêmios, a Câmara de Gestão da Crise de Energia tem evitado encarar essa questão, muito embora o próprio presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, já tenha dito que o bônus será pago. Decididamente, os consumidores não precisavam ter lançado mão da Justiça para poder ter a garantia desse direito. Infelizmente, o permanente desrespeito ao contribuinte ainda faz parte da cultura dos burocratas brasileiros.

Estão constantemente preocupados em preservar a máquina do Estado. Jamais pensam na sociedade e nos cidadãos. Agem como se logo mais na frente não precisassem da população para vencer as barreiras de mais essa crise.

Editorial de O Dia, 19/8/01. Disponível em: <https://prezi.com/h2aio2zg0zrw/burocratas-cegos/>. Acesso em: 15 jun. 2017.

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1. O texto aponta para uma visão a respeito dos burocratas no Brasil. Qual é essa visão? Explique a sua resposta.

Em conformidade com as ideias do texto lido, há um constante desrespeito ao cidadão brasileiro que, de uma forma geral, vê seus direitos sendo lesados, tendo de buscar a lei para garantir aquilo que deveria ser seu “por direito”. No caso do texto, o bônus prometido com a diminuição dos gastos de energia não foi cumprido, pois o governo não se preparou para isso, em função de não contar com a adesão da população ao pedido feito.

2. Diante dos fatos apontados no texto, o que é possível inferir a respeito dos burocratas brasileiros? Por quê?

Segundo o texto, os burocratas brasileiros não pensam no futuro, pois agem instintivamente, visando à busca de resultados, sem pensar nas consequências futuras de seus atos, de suas promessas e até de suas imposições.

3. Releia estes dois excertos retirados do texto.

Decididamente, os consumidores não precisavam ter lançado mão da Justiça para poder ter a garantia desse direito.

Agem como se logo mais na frente não precisassem da população para vencer as barreiras de mais essa crise.

Agora, responda:

As duas incidências do uso do verbo precisar, em relação à regência verbal, estão adequadas? Explique a sua resposta.

Nos dois casos apresentados, a regência do verbo “precisar” está adequada. No primeiro caso, o verbo “precisar”, acompanhado do verbo no infinitivo, “ter”, modernamente, dispensa o uso da preposição “de”. No segundo caso, a regência do verbo “precisar” atende à regra de que, no sentido de ter necessidade, esse verbo é transitivo indireto e pede a preposição “de”.

4. No trecho “A decisão, na sexta-feira, da juíza Adriana Barreto de Carvalho Rizzotto, da 7ª Vara Federal do Rio, determinando que a Light e a Cerj também paguem bônus aos consumidores de energia [...]”, o verbo destacado apresenta que predicação verbal? Quais são os complementos desse verbo? Classifique-os.

O verbo pagar, no contexto em questão, é VTDI, pois apresenta dois complementos: “bônus”, que é OD, e “aos consumidores de energia”, que é OI. Quem paga, paga algo a alguém.

5. Em “Jamais pensam na sociedade e nos cidadãos”, qual é a regência do verbo pensar? Há outra possibilidade de regência para esse verbo? Explique, apresentando um exemplo.

No período, o verbo “pensar” é VTI, pois quem pensa, pensa em algo, em alguém, no caso, “na sociedade e nos cidadãos”. Esse verbo pode ser, ainda, VI, por exemplo, como em “Eles pensaram muito sobre a questão”.

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