Carta aberta
Quem somos
O Fórum de Entidades e Movimentos Juvenis da grande Belo Horizonte é uma rede que defende os direitos da Juventude e luta pela construção de políticas com esta perspectiva. Criado em 2004, o fórum é uma articulação da sociedade civil, suprapartidária e não confessional.
Onde estamos
O atual cenário das políticas de Juventude em BH não é nada animador: há vários anos, as crianças e os jovens da cidade lutam para garantir os seus direitos, mas até hoje muito pouco foi conquistado. Não foi por falta de tentativa: a juventude vem participando de espaços formais e informais de diálogo com o poder Público local, mas não tem sido realmente escutada.
Prova disso é o descaso com as propostas retiradas das conferências municipais de 2006 e 2008, que ainda não foram colocadas em prática, e o desmonte dos órgãos institucionais de juventude.
E tem mais: a Prefeitura decidiu criar um tal Centro de Referência da Juventude viva, projeto milionário que copia um modelo de São Paulo, sem saber se é isso mesmo que a cidade quer. Fica fácil perceber que a PBH está mal informada e distante das habilidades dos e das Jovens.
É nesse contexto que surge a 3ª- Conferência Municipal de Juventude, organizada de forma apressada, com má vontade e pouco diálogo. Será que a PBH só quer cumprir as exigências do Governo Federal e mandar delegadas e delegados para as conferências estadual e nacional da Juventude?
Apesar de não concordarmos com esse processo, não abrimos mão do nosso direito de participar da conferência. Acreditamos que é preciso apontar o que vai mal, reafirmar demandas históricas e desenhar políticas que tenham a cara da Juventude da cidade.
O que queremos
A juventude de Belo Horizonte quer fazer valer os seus direitos: produzir e manifestar a sua arte, viver uma vida sem violência e discriminação, acessar e ocupar os espaços públicos, trabalhar, estudar e morar com dignidade. Quer respeito, igualdade e autonomia. Quer falar e ser ouvida, sem complicação. Quer mais recursos e transparências para efetivar tudo isso.
Conheça as principais reivindicações do Fórum para a 3ª_ Conferência Municipal de Juventude:
• Reativação do Conselho Municipal de Juventude, em caráter permanente e deliberativo
• Fomento Cultural aos grupos juvenis de periferia
• Aprovação do passe livre
• Repúdio à redução da maioridade penal
• Criação de um orçamento da juventude, que permita acompanhamento e controle social.
FÓRUM de Entidades e Movimentos Juvenis da Região Metropolitana de BH. Carta aberta. Disponível em: <http://forumdasjuventudes.org.br/wp-content/uploads/2011/09/carta_aberta3.jpg>. Acesso em: 30 abr. 2018.
1. Por meio dessa carta, ficamos conhecendo um grupo que luta em favor dos direitos da juventude, criado em um município brasileiro.
a) No lugar onde você vive, há algum grupo como o apresentado na carta aberta? Se houver, comente o trabalho realizado por esse grupo.
Resposta pessoal.
b) Qual é a importância de haver grupos como o apresentado na carta aberta?
Resposta esperada: Grupos como esses são formados com o intuito de divulgar as ideias nas quais acreditam e de lutar para que direitos sejam garantidos.
2. Como vimos, a carta aberta sempre apresenta um título que, geralmente, revela seu remetente.
a) Nessa carta, isso não acontece. Em que momento foi identificado quem a escreveu?
O remetente foi identificado na introdução da carta.
b) Qual é a importância de se conhecer esse tipo de informação inicialmente?
Conhecer essa informação logo no início esclarece ao leitor quem está fazendo a manifestação pública, levando-o a se interessar ou não pelo conteúdo do texto da carta.
3. A quem essa carta aberta é dirigida?
À Prefeitura de Belo Horizonte.
4. Diferente da carta pessoal, que geralmente trata de assuntos de interesse individual e pessoal, a carta aberta é uma forma de manifestar a opinião de um grupo de pessoas, entidades, sindicatos, entre outros, em relação a uma questão de interesse coletivo. O que motivou a escrita dessa carta aberta, ou seja, com que objetivo ela foi produzida?
Ela foi produzida para reclamar que as políticas de juventude em BH não têm garantido os direitos dessa parte da população.
5. A carta aberta visa persuadir o leitor a aderir a uma ideia e, para isso, pode apre- sentar elementos como argumentos, críticas, solicitações e alertas. Releia a carta e identifique o que se pede.
a) Qual é a crítica feita?
O grupo critica o descaso da prefeitura que ainda não colocou em prática as propostas enviadas às conferências municipais; o desmonte dos órgãos institucionais de juventude; e a criação de um Centro de Referência da Juventude viva, projeto milionário que copia um modelo de São Paulo, sem saber se é isso mesmo que a cidade quer.
b) Quais argumentos são empregados para convencer o destinatário da reivindicação feita?
Que a juventude vem participando de espaços formais e informais de diálogo com o poder público local e acredita que é preciso apontar o que vai mal, reafirmar demandas históricas e desenhar políticas que tenham a cara da juventude da cidade.
c) Qual solicitação é feita?
A juventude de BH quer fazer valer seus direitos com relação à manifestação artística; ter uma vida com segurança e sem discriminação; ter acesso a espaços públicos e a ocupá-los; trabalhar, estudar e morar com dignidade; poder se manifestar e ser ouvida.
6. De que forma essa carta é concluída?
A carta é concluída com um esclarecimento sobre quais são as solicitações do grupo, cujas soluções ele espera do órgão público para o qual está enviando a carta aberta.
7. Em relação à estrutura da carta lida, explique como ela está organizada.
A carta está dividida em três partes: Quem somos, que se refere à introdução, momento em que é apresentado o remetente da carta, bem como informações específicas sobre ele; Onde estamos, que apresenta o desenvolvimento da carta com argumentos e críticas; e O que queremos, que apresenta as solicitações e um resumo das principais reivindicações do grupo.
8. Em geral, o registro empregado em uma carta aberta é o formal. Assinale a afirmativa que explica por que é empregado esse tipo de registro.
a) Na carta aberta, é empregado o registro formal, porque trata de assuntos que exigem um vocabulário mais técnico, com o uso de palavras próprias de determinada área do conhecimento, as quais são compreensíveis a qualquer tipo de público.
b) Na carta aberta, é empregado o registro formal, pois esse gênero tem como objetivo propiciar a comunicação com um público amplo, formado não apenas por pessoas em geral, mas também por órgãos oficiais.
Alternativa B
9. Observe os verbos empregados na carta aberta.
a) Que tempo verbal predomina nesse gênero textual?
O presente do indicativo na 1ª- ou na 3ª- pessoa.
b) Com base no objetivo de uma carta aberta, explique por que predomina esse tempo verbal.
Como se trata de um texto em que se reivindica algo que, em geral, tem gerado insatisfação no presente, o emprego do presente do indicativo é o mais adequado para fazer referência às ações que têm acontecido e que estão por acontecer.
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