Leia a tirinha a seguir e resolva as questões 1 e 2.

1. Classifique a colocação pronominal destacada nos períodos a seguir apresentando a regra que justifica essas colocações: “Diga-me!”, “Desculpe-me!” e “Dane-se!”.

Todas as colocações são ênclises, pois, quando o verbo inicia a oração ou está no imperativo afirmativo, o pronome oblíquo deve vir depois dele.

2. Em que situação as construções do exercício 1 poderiam admitir a próclise? Explique e exemplifique.

Isso só seria possível se houvesse uma palavra atrativa antes do verbo: “Não me diga!”, “Nunca me desculpe!” ou “Jamais se dane!”.

Com base no excerto a seguir, resolva as questões 3, 4 e 5.

No dia seguinte fui à casa da filha do dono da livraria [...]. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. [...] Dessa vez nem caí; guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.

LISPECTOR, Clarice. Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 9.

Professor, se considerar necessário, antes de solicitar a realização desta tarefa, retomar os conceitos de frase, oração e período.

3. Que tipo de colocação pronominal há no segundo período do trecho de Clarice Lispector? Justifique sua resposta.

Em “Não me mandou entrar”, há uma próclise, que se justifica pelo emprego da palavra negativa “não”, que funciona como uma palavra atrativa, o que traz o pronome oblíquo para antes do verbo.

4. Copie um exemplo de ênclise que aparece no trecho do conto.

Possibilidades: “disse-me”, “buscá-lo”, “guiava-me”.

5. Em “o amor pelo mundo me esperava”, a próclise aplicada está em acordo com as normas gramaticais? Por quê?

De acordo com as normas gramaticais, a próclise aplicada nesse trecho está incorreta, pois não há uma palavra atrativa, não é uma frase optativa, tampouco há a estrutura “em + gerúndio”.


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