10 Questões sobre Realismo e Naturalismo com Gabarito - XI 




01. (UFRGS-RS) Assinale a alternativa em que está incorreta a relação autor-obra-personagem.

A) Manuel Antônio de Almeida – Memórias de um sargento de milícias – Leonardo
B) Joaquim Manuel de Macedo – A Moreninha – Carolina
C) Raul Pompéia – O Ateneu – Carlos
D) José de Alencar – O guarani – Cecília
E) Aluísio Azevedo – O cortiço – João Romão.


02. (UFPA) A ação do determinismo do meio através da figura de Amâncio, estudante interiorano que entra em contato com a cidade do Rio de janeiro, totalmente deseducado para tal, nos é contada no seguinte romance de Aluísio Azevedo:

A) mulato
B) Uma lágrima de mulher
C) Casa de pensão
D) coruja
E) cortiço


03. (PUC-RS) O Ateneu, de Raul Pompéia, praticamente não tem enredo; compõe-se de uma tessitura onde se acumulam situações, experiências, reflexos de caracteres e intenções selecionados e comunicados do ponto de vista subjetivo do narrador-personagem. Essas características permitem vincular a obra ao:

A) Romantismo.
B) Realismo.
C) Naturalismo.
D) Impressionismo.
E) Modernismo.


04. (UFRGS-RS) No romance O cortiço, de Aluísio Azevedo, a sintonia com os ideais naturalistas é acentuada pela seguinte característica básica da história.

A) personagem sobrepõe-se ao ambiente.
B) coletivo sobrepõe-se ao individual.
C) psicológico sobrepõe-se ao social.
D) trabalho sobrepõe-se ao capital
E) A força sobrepõe-se à razão.


05. (UFRGS)

"Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria"

O texto acima é:

A) final do testamento de Quincas Borba, que faz de Rubião seu herdeiro, sob a condição de que cuide de seu cachorro.
B) um comentário de Bentinho, o protagonista de Dom Casmurro, cujo temperamento azedo e melancólico lhe valeu o apelido.
C) a conclusão pessimista do Dr. Bacamarte, ao final do conto O Alienista, após dedicar sua vida ao estudo da "patologia cerebral".
D) desabafo do "defunto-autor" das Memórias Póstumas de Brás Cubas, ao final da narrativa.
E) a reflexão do Conselheiro Aires ao encerrar a narrativa do drama de Flora, em Esaú e Jacó.


06. (UFMG) "A concretização do abstrato é uma técnica da ironia machadiana". Todas as alternativas exemplificam essa afirmação, exceto:

A) "A alma de Rubião bracejava debaixo desse aguaceiro de palavras; mas, estava num beco sem saída por um lado nem por outro. tudo muralhas. Nenhuma porta aberta, nenhum corredor, e a chuva a cair."
B) "Vá desapontamento. Misturem-lhe o pesar da separação, não esqueçam a cólera que o primeiro trovejou surdamente, e nem faltará quem ache que a alma deste homem é uma colcha de retalhos. Pode ser; moralmente as colchas inteiriças são tão raras!"
C) "Não esqueça dizer que Rubião tomou a si dizer uma missa por alma do finado, embora soubesse ou pressentisse que ele não era católico. Quincas Borba não dizia pulhices a respeito de padres, nem desconceituava doutrinas católicas; mas não falava nem da Igreja, nem dos padres."
D) "A outra que ri é a alma de Rubião, escutai a cantiga alegre, brilhante, com que ela desce o morro, dizendo as cousas mais íntimas às estrelas, espécie de rapsódia feita por uma linguagem que ninguém nunca alfabetou, por ser impossível achar um sinal que lhe exprima os vocábulos."
E) "Tédio por dentro e por fora. Nada em que espairasse a vista e descansasse a alma. Sofia meteu a alma em um caixão de cedro, encerrou o cedro no caixão de chumbo do dia, e deixou-se estar sinceramente defunta."


(FGV-SP) Com base no texto, responda às questões 07 a 09.

"Era necessário, para dourar a família, buscar outra origem, que não cheirasse à tanoaria e apenas às pacatas. Daí o duplo expediente do pai de Brás Cubas para fugir ao fabricante de cubas.

Primeiro, deslocou a origem dos Cubas para o licenciado Luís Cubas, que 'primou no Estado e foi um dos amigos particulares do vice-rei Conde da Cunha'; segundo, atribuiu o apelido Cubas a uma jornada da África, onde um cavaleiro teria arrebatado trezentas cubas aos mouros." (Raymundo Faoro, Machado de Assis: a pirâmide e o trapézio).


07. (FGV-SP) Depreende-se do texto que:

A) pai de Brás Cubas não gostava de apelidos, preferindo os nomes próprios.
B) duplo expediente dificultava a fuga do pai de Brás Cubas das patacas e dos tonéis.
C) pai de Brás Cubas transportou a família para a África, a fim de enobrecê-la.
D) a família de Cubas procurava esconder suas raízes na burocracia do Estado e na África.
E) pai de Brás Cubas usou de artifícios para valorizar socialmente sua família.


08. (FGV-SP) O texto associa:

A) pataca a vulgaridade e cavalaria a distinção.
B) pataca a apelido e cavalaria a nome de família.
C) burocracia a expediente e pataca a prestígio.
D) mouros a vulgaridade e pataca a distinção.
E) parentesco no Estado a desambição por patacas.


09. (FGV-SP) No texto, o termo tanoaria refere-se às atividades:

A) de ourives, exercidas pelo pai de Brás Cubas.
B) dos mouros.
C) do licenciado Luís Cubas, no Estado.
D) de fabricantes de barris.
E) dos fabricantes de patacas na África.


10. (FUVEST-SP) A narração dos acontecimentos com que o leitor se defronta no romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, se faz em primeira pessoa, portanto, do ponto de vista da personagem Bentinho. Seria, pois, correto dizer que ela se apresenta:

A) fiel aos fatos e perfeitamente adequada à realidade.
B) viciada pela perspectiva unilateral assumida pelo narrador.
C) perturbada pela interferência de Capitu, que acaba por guiar o narrador.
D) isenta de quaisquer formas de interferência, pois visa à verdade.
E) indecisa entre o relato dos fatos e a impossibilidade de ordená-los.

GABARITO:
  1. c
  2. c
  3. d
  4. b
  5. d
  6. c
  7. e
  8. a
  9. d
  10. b

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