10 Questões sobre Arcadismo com Gabarito - III




1. (UnB-DF) Marque a opção que identifica autor, obra e escola a que pertence o seguinte trecho.

"Inda conserva o pálido semblante

Um não sei quê de magoado e triste,

Que os corações mais duros enternece.

Tanto era bela no seu rosto a morte!"


A) Gonçalves Dias/ I-Juca Pirama/ Romantismo
B) Castro Alves/ vozes d'África/ Romantismo
C) Santa Rita Durão/ Caramuru/ Arcadismo
D) Basílio da Gama/ O Uraguai/ Arcadismo
E) n.d.a.


2. (ESAN-SP) Assinale a alternativa correta quanto a autores e obras neoclássicas ou arcádicas:

A) Vila Rica (1839), poema épico que trata da descoberta do ouro em Minas Gerais e a fundação de Vila Rica.

Autoria: Cláudio Manuel da Costa.


B) "Minha bela Marília, tudo passa:

A sorte deste mundo é mal segura;

Se vem depois dos males a ventura,

Vem depois dos prazeres a desgraça."

Fragmento de Marília de Dirceu (1792).

Autoria: Tomás Antônio Gonzaga.


C) Frei Santa Rita Durão, a exemplo de Os Lusíadas, de Camões, compõe Caramuru (1781), em dez cantos, em oitava rima, observando as unidades tradicionais: proposição, invocação, dedicatória, narrativa e epílogo.


D)  O Uraguai (1769) é poema épico escrito por Basílio da Gama. rompe o modelo camoniano, pois está dividido em cinco cantos, com estrofação livre e versos brancos.


E) Todas são corretas.


3. (PUCC-SP) Pode-se afirmar que Marília de Dirceu e as Cartas chilenas são, respectivamente:

A) altas expressões do lirismo amoroso e da sátira política, na literatura do século XVIII.
B) exemplos da poesia biográfica e da literatura epistolar cultivadas no século XVII.
C) exemplos do lirismo amoroso e da poesia de combate, cultivados sobretudo pelos poetas românticos da chamada "terceira geração".
D) altas expressões do lirismo e da sátira da nossa poesia barroca.
E) expressões menores da prosa e da poesia de nosso Arcadismo, cultivadas no interior das Academias.


4. (UFRS) Os fragmentos abaixo referem-se à questão abaixo:


1- Nise? Nise? onde estás? Aonde espera

Achar-te uma alma, que por ti suspira (...)


2- Glaura! Glaura! não respondes?

E te escondes nestas brenhas?

Dou às penhas meu lamento;

Ó tormento sem igual!


3- Minha bela Marília, tudo passa;

A sorte deste mundo é mal segura;

Se vem depois dos males a ventura,

Vem depois dos prazeres a desgraça.


Os poetas árcades brasileiros tinham as suas musas inspiradoras, a quem se dirigiam freqüentemente em seus poemas. Pelas musas evocadas nos versos acima, pode-se dizer que os seus autores são, respectivamente,

A) Cláudio Manoel da Costa, Silva Alvarenga e Tomás Antônio Gonzaga
B) José Basílio da Gama, Cláudio Manuel da Costa e Alvarenga Peixoto.
C) Tomás Antônio Gonzaga, Silva Alvarenga e Alvarenga Peixoto.
D) Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Frei Santa Rita Durão.


5. (UNIFAP)

"Já no calado monumento escuro

Em cinzas se desfez teu corpo brando;

E onde eu ver, oh Nise, o doce, o puro

Lume dos olhos teus ir-se apagando!

Hórridas brenhas, solidões procuro,

Grutas sem luz frenético demando,

Onde maldigo o fado acerbo e duro

Teu riso, teus afagos suspirando:

Darei da minha dor contínua prova,

Em sombras cevarei minha saudade,

Insaciável sempre, e sempre nova.

No texto acima, de Manoel Maria Barbosa du Bocage, os versos refletem aproximação do autor com princípios das estéticas:

A) árcade e parnasiana.
B) árcade e barroca.
C) romântica e simbolista.
D) árcade e pré-romântica.
E) parnasiana e pré-romântica.


6. (MACK-SP) Obra que apresentou os maiores ideais da poesia árcade brasileira, expondo aspectos bucólicos, relacionados, em boa parte, ao carpe diem, foi:

A) Uraguai.
B) Caramuru
C) vila Rica
D) Liras de Marília de Dirceu
E) Mocidade e Morte.


7. (FESP) Aponte a alternativa cujo conteúdo não se aplica ao Arcadismo.

A) Desenvolvimento do gênero épico, registrando o início da corrente indianista na poesia brasileira.
B) Presença da mitologia grega na poesia de alguns poetas desse período.
C) Propagação do gênero lírico em que os poetas assumem a postura de pastores e transformam a realidade num quadro idealizado.
D) Circulação de manuscritos anônimos de teor satírico e conteúdo político.
E) Penetração da tendência mística e religiosa, vinculada a expressão de ter ou não fé.


8. (CENTEC-BA) Quando o poeta neoclássico pinta uma paisagem como um "estado de alma", podemos dizer que estamos diante de uma paisagem:

A) tipicamente neoclássica.
B) sugestivamente simbolista.
C) rebuscadamente barroca.
D) prenunciadora do Parnasianismo.
E) antecipadamente romântica.


9. (PUCCAMP-SP) A poesia pastoral não terá grande encanto se for tão grosseira quanto o natural ou limitar-se minuciosamente às coisas rurais. Falar de cabras e carneiros e dos cuidados que requerem nada tem de agradável em si; o que agrada é a idéia de tranqüilidade, ligada à vida dos que cuidam das cabras e dos carneiros. A busca do "encanto" acima referido, num momento em que a arte busca uma linguagem racional e simples, e o poeta tenta dissolver qualquer notação subjetiva, encontra-se nos versos:

A) Se tu viesses, donzela,

Verias que a vida é bela

No deserto do sertão!

Lá têm mais aromas as flores

E mais amor os amores

Que falam no coração!


B) E sonho-me eu também me meio dos pastores.

Menalcas é o meu nome, ou Hano, ou Tirses. Canto

E cajado e surrão às plantas te deponho.

Enastrado por ti o meu rabel de flores,

Em contendas me travo a celebrar-te o encanto.

Oh! tempos que lá vão! oh! vida antiga... oh! sonho!


C) Longe, a tarde es estorce, em violácea agonia.

Essas horas de susto e de melancolia,

como é triste ao pastor transviado compreendê-las!


D) Enquanto a luta jogam os Pastores,

E emparelhados correm nas campinas,

Toucarei teus cabelos de boninas,

Nos troncos gravarei os teus louvores.


E) Esta a imagem da vaca, a mais pura e singela

que do fundo do sonho eu às vezes esposo

e confunde-se à noite à outra imagem daquela

que ama me amamentou e jaz no último pouso.


10. (VUNESP-SP) Leia atentamente o seguinte texto:

Correi de leite e mel,

Ó Pátrio cio,

E abri dos seios o metal guardado;

Os borbotões de prata, e de oiro os cios

Saiam de Luso a enriquecer o estado.

Esses versos do árcade, admirador de Pombal, Cláudio Manuel da Costa:

A) mostram a revolta do poeta contra a corte portuguesa.
B) usam o fingimento poético para exaltar a natureza pátria.
C) desejam que surjam o ouro e a prata dos rios da pátria para enriquecer Portugal.
D) fazem uma associação poética entre prata e leite, mel e oiro.
E) desejam que Portugal devolva o oiro ao Brasil.

GABARITO:
  1. d
  2. e
  3. a
  4. a
  5. d
  6. c
  7. d
  8. e
  9. e
  10. b

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