Leia estas cartas de leitor, publicadas em uma revista de grande circulação em nosso país para responder às questões.
Miséria no Brasil
A miséria nunca deixou de existir. Uma das causas são os programas de assistência social do país, que dão um pequeno benefício financeiro às pessoas, mas não as ajudam nem estimulam a sair dessa condição. Quando, em época de crise, esse benefício fica escasso, a situação dessa parcela da população também piora. Esse auxílio não as faz sair da miséria, mas, sim, permanecer nela (“A rua como único refúgio”, 6 de dezembro).
Elisabete Darim Parisotto
São Paulo, SP
Acho muito nobre a distribuição de comida aos pobres, mas isso é medida paliativa. Não entendo o porquê de as reportagens e debates não citarem como solução do problema o controle da natalidade. Pobres que não têm condições de cuidar de si próprios têm inúmeros filhos. Isso é irresponsabilidade. Temos de cortar o mal pela raiz. Se quisermos resolver o problema, comecemos por um rígido controle de natalidade.
Mauro Melo Silva
Brookfield, Connecticut, Estados Unidos, via tablet
DA REDAÇÃO. Miséria no Brasil. Revista Veja Leitor, 23 abr. 2018. Disponível em: <https://veja.abril.com.br/revista-veja/leitor-2560/>. Acesso em: 11 maio 2018.
As duas cartas foram escritas com o intuito de comentar a reportagem “A rua como único refúgio”, publicada na revista Veja, de 6 de dezembro de 2017.
1. Segundo a autora da primeira carta, a miséria nunca deixou de existir em nosso país. A que fator, diretamente, ela atribui a culpa por tal fato? Explique sua resposta.
Elisabete acredita que os programas sociais são os culpados pela miséria humana, pois “Esse auxílio não as faz [as pessoas] sair da miséria, mas, sim, permanecer nela”, porque quando esse tipo de benefício também sofre com a crise, a população que faz uso dele sofre de igual modo. Além disso, ele não ajuda nem estimula a saída dessa condição.
2. Na segunda carta, o posicionamento do leitor é o mesmo? Ele segue a mesma linha de pensamento da primeira leitora? Justifique sua resposta.
Na segunda carta, o leitor também se mostra contrário aos programas de assistência social do país. Para Mauro, esse tipo de ação compreende, apenas, uma medida paliativa. Segundo ele, o problema está na questão da natalidade: o mal deveria ser cortado pela raiz, estabelecendo-se um controle rígido da natalidade.
3. Procure o significado e a origem da expressão “Temos de cortar o mal pela raiz”.
Sugestão de resposta: A expressão, de origem inglesa, “nip something in the bud”, signifi ca evitar, prevenir ou erradicar algo ruim antes mesmo que ele aconteça, ou seja, logo no início. Essa expressão originou-se da horticultura e da jardinagem: “nip”, em inglês, significa dar um beliscão ou apenas beliscar; “bud” significa broto ou botão de flor. Portanto, literalmente, seria um processo, na agricultura ou na jardinagem, em que se eliminam os brotos fracos para fortalecer seu desenvolvimento.
4. As duas cartas foram formadas por vários tipos de orações e, em virtude das especificidades de cada uma, os textos acabam seguindo caminhos distintos no que diz respeito à significação. O período “Uma das causas são os programas de assistência social do país, que dão um pequeno benefício financeiro às pessoas, mas não as ajudam nem estimulam a sair dessa condição.” apresenta cinco orações. Copie e classifique cada uma delas.
1ª- oração: “Uma das causas são os programas de assistência social do país” – oração principal em relação à 2ª- oração.
2ª- oração: “que dão um pequeno benefício fi nanceiro às pessoas” – oração subordinada adjetiva explicativa em relação à 1ª- oração e oração coordenada assindética em relação à 3ª- oração e à 4ª- oração.
3ª- oração: “mas não as ajudam” – oração coordenada sindética adversativa em relação à 2ª- oração.
4ª- oração: “nem estimulam” – oração coordenada sindética aditiva em relação à 2ª- oração e oração principal para a 5ª- oração.
5ª- oração: “a sair dessa condição” – oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo em relação à 4ª- oração.
5. No período “Quando, em época de crise, esse benefício fica escasso, a situação dessa parcela da população também piora.”, há quantas orações? Classifique-as.
Há duas orações: “Quando, em época de crise, esse benefício fi ca escasso” – oração subordinada adverbial temporal e “a situação dessa parcela da população também piora” – Oração principal.
6. Releia este trecho e, depois, responda ao que se pede: “Acho muito nobre a distribuição de comida aos pobres, mas isso é medida paliativa.”.
a) Esse período é composto por coordenação ou por subordinação? Justifique sua resposta.
Trata-se de um período composto por coordenação, pois as orações desse período são independentes.
b) Classifique as orações desse período.
“Acho muito nobre a distribuição de comida aos pobres” – oração coordenada assindética e “mas isso é medida paliativa” – oração coordenada sindética adversativa.
7. Em “Pobres que não têm condições [...] têm inúmeros filhos.”, identifique as duas orações presentes.
a) Oração principal:
“Pobres têm inúmeros filhos”.
b) Oração subordinada adjetiva restritiva:
“que não têm condições”.
8. O período “Isso é irresponsabilidade.” é formado por apenas uma oração. Como se chama essa oração?
Oração absoluta.
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